A notícia mais esperada por milhões de brasileiros finalmente se confirmou: a isenção imposto de renda foi aprovada e trará um impacto direto no bolso de quem ganha até R$ 5.000 por mês. Com a nova medida, o alívio fiscal é real e já tem data para começar.
Essa mudança representa um passo importante para corrigir distorções acumuladas ao longo dos anos na tabela do IR. A última atualização significativa havia ocorrido em 2015, o que penalizava especialmente os trabalhadores de baixa renda.
Agora, com a aprovação da nova faixa de isenção, o governo estima que cerca de 10 milhões de brasileiros deixarão de pagar Imposto de Renda. Mas o que isso significa na prática para você? É o que vamos explicar com clareza a seguir.
Quem Vai Ser Beneficiado com a Isenção?
A nova regra vai beneficiar diretamente quem recebe até R$ 5.000 por mês, ou seja, aproximadamente R$ 60.000 por ano. Esses contribuintes estarão completamente isentos do Imposto de Renda a partir de 2026, conforme o projeto de lei aprovado recentemente. Portanto, quando for declarar o imposto de renda em 2027, as regras já estarão em vigor.
Além disso, haverá uma “escadinha” de redução gradual para quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.000. Nesse intervalo, o contribuinte pagará menos imposto proporcionalmente, reduzindo o peso do IR mês a mês conforme a faixa salarial. O objetivo é dar mais equilíbrio à cobrança e ampliar o poder de compra da população.
Com essa mudança, pessoas que hoje pagam entre R$ 80 e R$ 450 por mês em IR poderão economizar até R$ 5.400 por ano. É um valor considerável, que poderá ser usado para quitar dívidas, investir ou simplesmente aliviar o orçamento doméstico.
Isenção Imposto de Renda: Como Vai Funcionar na Prática?
O novo sistema de isenção imposto de renda será aplicado já nas declarações do ano-calendário de 2026. Isso quer dizer que, ao longo de 2026, quem se enquadrar nas novas faixas já não terá retenção na fonte, nem precisará pagar IR ao fazer a declaração em 2027.
Para entender o impacto, veja este exemplo simples:
Um trabalhador que ganha R$ 3.650,66 por mês, hoje paga cerca de R$ 88,22 por mês de IR. Com a nova isenção, essa cobrança desaparece — representando uma economia anual de R$ 1.058,71.
O mesmo vale para um autônomo que recebe R$ 4.900 por mês, que atualmente paga quase R$ 300 de IR. Em 2026, esse valor poderá ser zerado, desde que ele comprove os rendimentos e mantenha a regularidade fiscal.
Qual o Impacto no Seu Bolso (Mesmo que Você não esteja Isento)?
Mesmo quem ganha acima de R$ 7.000 será impactado positivamente. Isso porque as faixas de tributação foram ajustadas para cima, o que reduz a base de cálculo e torna o IR mais justo. Com menos desconto, sobra mais no contracheque — e isso se reflete diretamente no seu poder de compra.
Além disso, a nova política de isenção vem acompanhada de ações para simplificar o sistema, como a previsão de uma declaração pré-preenchida mais completa, integração com dados da Receita e promessas de maior agilidade na restituição.
Para o pequeno empreendedor, profissional liberal ou microempreendedor individual (MEI) que também declara IR, a medida pode significar uma redução significativa na carga tributária e abertura de novas possibilidades de reinvestimento.
Fique Atento às Datas e Regras
- Quando começa a valer? As novas faixas de isenção passam a valer para os rendimentos de janeiro de 2026 em diante.
- Precisa fazer algo agora? Por enquanto, não é necessário enviar nenhum pedido ou comunicado. Basta acompanhar as atualizações da Receita Federal e garantir que seus dados estejam corretos.
- E quem já paga IR este ano? Continua valendo a tabela atual, com isenção para rendimentos de até R$ 2.824 por mês.
Por Que Essa Mudança É Importante?
A nova política de isenção imposto de renda é vista como um avanço histórico, já que atualiza uma tabela congelada há quase uma década. Na prática, representa mais dinheiro no bolso do trabalhador e uma tentativa de tornar o sistema mais progressivo — onde quem ganha mais, paga proporcionalmente mais.
A expectativa é que o alívio fiscal estimule a economia, aumente o consumo e reduza o endividamento de milhões de brasileiros que vivem no limite entre a formalidade e a informalidade.
E Agora?
Se você está entre os milhões que serão beneficiados, o melhor a fazer agora é acompanhar a implementação das novas regras, manter seu cadastro atualizado na Receita Federal e planejar o uso do valor economizado.
Essa é a hora de pensar no seu futuro com mais clareza e menos impostos.
Marco Antonio Estanislau
Graduado em Direito e Administração de empresas pela Newton Paiva,
Pós-graduado em Marketing pela Fundação João Pinheiro e Gestão avançada de RH pela PUC-MG.
Mais de 20 anos de experiência com Gestão de Empresas e relações de consumo digital.
Especialista em Direito Sucessório e Proteção Patrimonial.